(Traduzido pelo Presbítero Pedro Anacleto)
CONFISSÃO DE FÉ
Para Sacerdotes e Clero que desejam se unirem à, ou estarem sob a Metrópole Ortodoxa Autônoma da América do Norte e do Sul e das Ilhas Britânicas, do Sínodo de Milão.
Considerando que,
(1)
(a)A encíclica de 1920 do Patriarcado de Constantinopla “Às Igrejas de Cristo onde quer que se encontrem” proclama que a união com as igrejas heréticas do Ocidente não se veja obstaculizada “pelas diferenças dogmáticas existentes” e que esta união é desejável e correta, e que um dos primeiros passos para sua realização é “a aceitação de um calendário comum para que todas as igrejas possam celebrar as grandes festas cristãs ao mesmo tempo…”
(b)A inovação ecumenista da mudança do calendário semeou as bases para os passos que se seguiram em continuação, tal como o encontro do Papa Paulo VI com o Patriarca Atenágoras em 1964 em Jerusalém, e os posteriores eventos e declarações heréticas que se fizeram “descaradamente”.
(c)O “levantamento” do Anátema contra o Papa em 1965 não é um verdadeiro levantamento, em que o Papa não tem renunciado a suas heresias, senão pelo contrário, coloca sob seu Anátema ainda aos “Ortodoxos” segundo o dito dos Pais: “Se alguém não anatematiza aos hereges, toma parte com eles” .
(d)A inscrição de uma igreja como membro do Conselho Mundial de Igrejas em conjunto, ou pelo menos implicitamente, constitui uma aceitação da Teoria dos Ramos e uma negação da eclesiologia e Fé Ortodoxa, em virtude dos atos de oração em comum, os pronunciamentos e até as concelebrações, e o dar os sacramentos aos heterodoxos, como tal, isto constitui em si uma proclamação de heresia como tem confirmado e explicado os Santos Pais de séculos anteriores. Porque se os Santos Pais e os homens santos de Deus, nesta era de apostasia em massa em que a possibilidade de qualquer concílio convocado é pouco provável, tem declarado no Espírito profético de Deus a Teoria dos Ramos e a Teoria do Ecumenismo e não só sua praxe, senão a exposição de ser uma heresia, quem somos nós para resistir a nossos superiores no Evangelho? Como pode alguém negar as proclamações dos ensinos ortodoxos pelos luminares como os Santos Pais Filarete de Nova York, Averky de Jordanville, Justino de Celije, e muitos outros?.
(2)
(a)O Sergianismo é o ensino maligno que permite que as autoridades eclesiásticas se submetam às forças atéias e de ódio a Deus, contida na tão condenada declaração do Metropolita Sergio, o dito Patriarca de Moscou.
(b)Os ensinamentos e a prática do Sergianismo são contrarios à lei evangélica da Doutrina Apostólica e dos Evangelhos, e expressões encontradas nos Cânones Sagrados dos Sínodos Locais e Ecumênicos da Igreja Católica e Apostólica.
(c)Os Santos Pais da muito sofrida Igreja Russa condenaram o Sergianismo com igual força que condenaram o ecumenismo, e sues sucessores -que sofrem sob o domínio Sergianista-Ecumenista- ainda sofrem a perseguição, o seqüestro, a tomada das igrejas e até ameaças de morte pela organização que se autodenomina Patriarcado de Moscou, sentado como o faz nos templos de Deus e sendo a abominação da desolação.
(3)
(a)A introdução do calendário gregoriano trouxe conseqüências desastrosas na ordem e na harmonia litúrgica da Igreja e criou um cisma.
(b)A aceitação, por parte dos hierarcas cismáticos e modernistas, do calendário secular como calendário eclesiástico aceitável se põe em oposição à lei de Deus no fato que, segundo São Teodoro o Estudita, “não se tem dado nenhuma autoridade à hierarquia alguma para ir contra qualquer questão seja a que seja segundo a regra, senão que somente para continuar no que se tem transmitido e para seguir nos passos daqueles que nos deram antes”.
(c)O povo fiel de Deus agiu de maneira que agradou a Deus quando reprovou esta inovação porque, segundo São Cipriano de Cartago, “quem separa e divide a Igreja de Cristo não pode possuir a vestimenta de Cristo”.
(d)Os Concílios Pan-ortodoxos (tais como os de 1583, 1587 e 1593 sob o Patriarca de Constantinopla Jeremias o Ilustre, e o Concílio de 1848 sob o Patriarca de Constantinopla Anthimos) tem proibido e condenado a mudança ou alteração do calendário, ou seja “quem não segue as tradições da Igreja…e deseja seguir o novo Pascalion e o novo Menologio dos astrônomos Papistas e se colocam a si mesmos em oposição a todas estas questões, e deseja revolucionarem e destruírem as doutrinas ensinadas por nossos Pais e as Tradições da Igreja, que seja anátema e fiquem fora da Igreja e da Assembléia dos Fiéis” – Concílio de 1583.
(4)
(a) Por não haver se decretado um juízo de consentimento universal, por parte dos Ortodoxos, sobre si os Mistérios dos Patriarcados Ortodoxos Mundiais são Verdadeiros Mistérios, não pode tomar se uma postura fora dos regulamentos dos Sínodos locais e seus requerimentos.
(b)Como tal, no devem elevarem se acusações de heresia contra os que tomam a postura positiva que a Ortodoxia Mundial ainda mantém a Graça consacratória dos Santos Mistérios.
(c) Porém, como a Ortodoxia Mundial tem caído repetidamente e por várias gerações sob anátemas, violações canônicas em massa, e o mais importante de tudo, em deficiência na Fé, e não tem buscado corrigir este problemas logo de décadas de demonstrações por parte de seus mais célebres luminares, é impossível a comunhão nos Mistérios ou a oração e qualquer outras expressões de Unidade Católica.
(d)Porque se os Patriarcas e Hierarcas, comprometidos com os ensinamentos destas heresias, logo depois de repetidas advertências, protestos, petições, reclamações e muito encarecidas súplicas, estão fazendo o Sacrifício Incruento de Jesus Cristo na Divina Liturgia (que pensamento mais temível!), e de igual forma estão recebendo os Imaculados Mistérios do Santíssimo Corpo e Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Deus Jesus Cristo, então também se estão condenando ao fogo eterno do inferno, como explica o Bem-Aventurado e Santo Apóstolo.
(e)Por tanto, se eles se encontram sob esta condenação mortal pela Cabeça da Igreja, Jesus Cristo, por causa de suas maldades com toda vontade (convertendo-se em herdeiros da acusação de Santo Estevão o Primeiro Mártir, “Duros de cabeça, e incircuncisos de coração e de ouvidos! Vós sempre resistis ao Espírito Santo, como vossos pais, assim também vós…”), quanto mais devemos nós orar sem cessar por suas conversões a Jesus Cristo; todavia mais, devemos abstermo-nos de contaminarmo-nos com tal obscuridade y maldade. Porque que há de comum entre a Luz e as trevas, Cristo com Satanás (porque não é senão a Satanás que eles -o clero e os leigos modernistas- representam tendo conhecimento ou por ignorância, para maior tristeza)?.
(5)
(a)Além de que o modernismo deve ser rejeitado como algo oposto, em todos os aspectos, à Única Fé Verdadeira, à Santa Igreja Católica, ao Depósito Apostólico, e à simples Fé Cristã Ortodoxa. O modernismo ensina que as Escrituras, especialmente do Antigo Testamento, não foram escritas pelos autores a quem atribuem as Escrituras mesmas e os Santos Pais. O Espírito Santo, sendo ele mesmo Deus, de forma inequívoca e infalível exerceu Sua autoridade ao falar por meio dos Santos Homens da antigüidade, tanto no Antigo como no Novo Testamento, desde o Profeta e Doador da Lei Moises até o Bem-aventurado apóstolo e evangelista João, e Ele (o Espírito Santo, o Espírito de Verdade, uma Pessoa da Santíssima Trindade, Deus mesmo) expressou Sua Verdade nas Escrituras, e exerceu claramente Sua direção para a Palavra escrita de Deus contra o erro por meio dos escritos dos Santos Pais portadores de Deus da verdadeira Fé Cristã Ortodoxa.
(b)Por tanto, os Santos Pais ensinaram corretamente, e em aprovado consenso, dizendo que Moisés foi o autor do Pentateuco, Isaías o autor de todo seu livro, Daniel de seu, e assim como foi proclamado. Também, que todos esses livros do Antigo Testamento tem sido os que a Igreja tem recebido.
(c)E que essas obras não são meras fábulas inventadas, legendas ou contos sem fundamento (o Bem-aventurado apóstolo Pedro disse: “Porque não temos seguido a fábulas inventadas quando os fizemos saber do poder e a vinda do Senhor Jesus Cristo”), senão a verdade real e a significação do comum entendimento permitido pelos Santos Padres e o consenso geral dos santos que proclamaram a Vontade de Deus. Isto inclui ainda a autoria dos Evangelhos e Epístolas e os outros livros do Novo Testamento.
(d) Além de que, devemos aceitar os Santos Concílios Ecumênicos, seus Cânones e Decretos, e a Tradição recebida sobre Nossa Puríssima Donzela a Mãe de Deus e Bem-aventurada sempre virgem Maria, como foram entendidos e aplicados comumente pela Igreja, sendo guiada pelo Espírito Santo e confirmada pelo Espírito nas vidas dos incontáveis homens santos e mulheres santas entre aos quais estão nossos Pais Atanásios de Alexandria, Cirilo de Jerusalém, Melétios de Antioquia, Hilário de Poitiers, Cirilo de Alexandria, Anatólio de Constantinopla, Leão Magno, Eustáquio de Calcedônia, Gregório de Tours, Gregório do Diálogo, o Patriarca Eustiquio de Constantinopla, Máximos o Confessor, Martinho o Confessor, Tarásios de Constantinopla, Fócios o Grande, Gregórios o Palamás e também o Defensor da Fé, Marcos de Éfeso, e outros incontáveis santos cujo consenso unânime refletem o movimento do Espírito Santo ao expor a Verdade Cristã Católica Ortodoxa. Como tal, suas decisões não estão sujeitas a revisão ou reinterpretação fora das economias menores puramente não dogmáticas permitidas por consenso dos Santos Pais.
(e)Por quanto, Nestório foi nestoriano, Dióscoro e Severo foram monofisitas, Honório foi monotelita, o malvado Isaurio foi um iconoclasta, Barlaam foi um pensador não ortodoxo e lutador contra a Graça, e os Católicos Romanos e Protestantes são expoentes de doutrinas heréticas;
(f)Porém, todos os sucessores destas heresias devem aceitar os cânones, decretos, decisões, anátemas e ensinamentos de todos os Sete Concílios Ecumênicos, os Sínodos Locais aprovados por, e todos os Sínodos Pan-ortodoxos que confirmaram a Verdade; por quanto estes grupos estão separados do Pilar e Fundamento da Verdade, que é a Una, Santa, Católica e Apostólica Igreja, guardiã da Fé Ortodoxa pela pura misericórdia e Graça de Deus; por quanto nós somente nos confessamos indignos servidores;
PORTANTO, confesso que aceito tudo o anterior, também rejeito toda relação ou associação eclesiástica e litúrgica com os organismos não ortodoxos e os Patriarcados modernistas e ecumenistas e com os que estão em comunhão com eles. Confesso e proclamo com os Pais do Sétimo Concílio Ecumênico: “Seguimos as antigas tradições da Igreja Católica. Guardamos as instituições dos Padres. Anatematizamos a quem acrescentam ou subtraem algo da Igreja Católica”. Confesso que estou unido e adero à Igresia Ortodoxa verdadeira e salvífica, sob a jurisdição de Sua Beatitude JOHN, Arcebispo de Nova York e Nova Jersey, Metropolita da Metrópole Ortodoxa Autônoma da América do Norte e do Sul e Ilhas Britânicas, sob cuja direção espiritual e omoforio estarei.
Assinatura: _______________________________________________________________
Sacerdote: ____________________________________________________________
Data (Eclesiástica/Civil): ________________________________________________
Paróquia: ____________________________________________________________
Cidade:_______________________________________________________________
Estado/Província: _______________________________________________________